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Polícia Civil de Rondônia

DECCV: CASO ARTHUR PIETRO ESCLARECIDO

  • ASSCOM 

Polícia Civil desvenda caso do menino Arthur Pietro, supostamente desaparecido em agosto de 2013.

Em novo interrogatório prestado na Delegacia de Homicídios, nesta quinta-feira (27/03), Conceição de Maria Silva Neves, mãe de Arthur Pietro, supostamente desaparecido em agosto de 2013, confessou o que realmente aconteceu com a criança.

Conceição relatou que no dia do crime, ao retornar do trabalho no final da tarde, não encontrou o menino, sendo informada por seu esposo e pai do mesmo, Felipe Rogério da Silva Pinheiro, que Arthur teria saído com alguns familiares.   Com o passar do tempo, sem o retorno do filho, ela passou a questionar Felipe sobre onde estaria o menino.

Sem mais poder esconder a realidade dos fatos, Felipe alegou que a criança havia caído da rede e batido a cabeça, vindo a óbito, e que não o levou ao hospital por medo de ser acusado da morte do filho. Em seguida, levou a esposa para ver a criança.  Conceição afirmou ter ficado desesperada ao ver o filho morto e que ainda tentou, sem êxito, reanimá-lo através de respiração boca a boca e massagem cardíaca.

 

Segundo Conceição, seu marido a ameaçou de morte caso chamasse a Polícia, obrigando-a a ocultar o cadáver em um matagal localizado na Avenida Mamoré, esquina com BR 364, próximo a um motel.  Alegou ainda que, posteriormente, foi coagida a simular o desaparecimento do menino, versão esta que foi mantida durante meses pelo casal.

 

Ao final, Conceição informou onde o corpo foi ocultado.  Ato contínuo, agentes e delegados da delegacia de homicídios, juntamente com o Corpo de Bombeiros, IML e Perícia Criminal, também com a presença de Felipe, deslocaram-se ao local indicado, onde foram encontrados os ossos de Arthur Pietro sob um pedra.

Interrogado, Felipe Rogério da Silva Pinheiro manteve a versão de que o garoto caíra da rede e batera a cabeça, porém seus restos mortais serão submetidos a exame tanatoscópico que definirá a efetiva causa de sua morte.  A delegacia de homicídios levantou durante a investigação que Felipe tinha o hábito de agredir fisicamente o filho e a esposa.

A delegada que preside o inquérito, Leisaloma Carvalho, de posse de ordens judiciais, deu voz de prisão a Conceição e Felipe, indiciando a primeira por ocultação de cadáver e o segundo pelo mesmo delito e por homicídio qualificado.  Após os procedimentos legais, ambos foram recolhidos à cadeia pública, onde permanecerão à disposição da Justiça.  Nos próximos dias o inquérito será relatado e encaminhado ao Ministério Público para oferecimento de denúncia.
Durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (28/03), o Secretário de Segurança Pública, Marcelo Bessa, parabenizou a Polícia Civil pelas ações da delegacia de homicídio, ocasião em que enfatizou a importância das respostas que a referida Especializada tem dado à sociedade, notadamente nesse caso de tamanha comoção.

O Delegado Geral de Polícia Civil, Pedro Mancebo, por sua vez, destacou o abalo que esse caso causou à população portovelhense, e também parabenizou os policiais e delegados da delegacia de homicídios pelo afinco com que desvendaram o crime.

Foto: Cláudia Batista
Fonte: ASCOM/PC/RO

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